Prefeitura quer tirar estacionamento e aumentar espaço de pedestres na Bozano

Foto: Charles Guerra (Diário)

Em uma ideia de valorizar o espaço de circulação de pedestres na Rua Doutor Bozano, no centro de Santa Maria, um projeto chamado Re.viva Bozano fará uma série de mudanças na segunda quadra - entre as esquinas com Floriano Peixoto e Serafim Valandro. Entre as ações previstas, está a redução de espaço de circulação de veículos, que ficará com uma pista, e a retirada dos estacionamentos de ambos lados. O projeto foi apresentado, nesta segunda-feira, no Fórum das Entidades Empresariais pelo presidente do Instituto de Planejamento (Iplan), Daniel Pereyron, e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Ewerton Falk. 

A ideia é que esse projeto já esteja implantado na 2ª Quadra da Bozano em 1º de dezembro, quando o Centro e o comércio costumam ter maior movimentação em função do Natal e Ano Novo. Além disso, a mudança no Centro da cidade seguirá uma proposta que pode partir de projetos feitos por acadêmicos e profissionais de áreas como Arquitetura e Urbanismo, Design, Artes Visuais e Desenho Industrial. Entre as propostas criadas, a escolhida levará em consideração a votação popular pela internet.

 A IDEIA 

Pereyron explica que, desde 2012, o Executivo, por meio do Iplan, tem um projeto de revitalização do Centro e que envolve uma série de mudanças que vão de acordo com apontamentos do Plano Diretor de Mobilidade Urbana e que envolveria outras ruas, como a do Acampamento e a Avenida Rio Branco, por exemplo. Esse projeto, se colocado em prática como um todo, custaria milhões de reais aos cofres públicos. Foi então que surgiu o Re.viva Bozano. 

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Ele explica que os espaços serão demarcados com pinturas, por exemplo, e que a ideia é usar floreiras como forma de dividir o passeio público e o espaço de veículos. Em Fortaleza, no Ceará, uma iniciativa semelhante foi implementada e serviu de inspiração para a iniciativa em Santa Maria. Em São Paulo, a Rua Maria Antônia, por meio de projeto e desenho colaborativo, também recebeu intervenções artísticas de uma forma que também serve de molde ao projeto. Essas pinturas e outras ideias - como colocação de esculturas, vegetação, luminárias, por exemplo, é que vão ser pensadas pelo concurso. O projeto escolhido receberá menção honrosa, mas não há prêmio em dinheiro, por exemplo. 

No dia 20 de outubro, os interessados em sugerir projetos devem participar de um dia de workshops com palestras sobre valorização do espaço público e, depois, serão criados grupos multidisciplinares para entrega das propostas. Para participar desta atividade, será necessário inscrição prévia pela internet, que ainda não está aberta.  

VOTAÇÃO 

As propostas serão colocadas para votação na internet, no site da prefeitura. Daniel explica, que um corpo de jurados técnicos também deve decidir, analisando questões técnicas e o que é viável ser implementado. A votação popular terá um peso X, e a votação técnica um peso Y, mas esses detalhes ainda não foram definidos. O cronograma prevê a votação entre os dias 22 e 29 de outubro. 

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No dia 18 de novembro, será organizado um evento para executar a pintura do local, seguindo o projeto escolhido e a população será convidada a participar do desenho coletivo. 

O QUE MUDA    

O Re.viva Bozano deixará o trânsito de carros em uma pista e não terá mais estacionamentos de veículos nos dois lados da rua, no espaço da 2ª Quadra. A calçada seguirá a mesma - não haverá obra de nivelamento - e a pintura e a própria estrutura vão ser usadas na demarcação do espaço de pedestres. 

O presidente do Iplan explica, porém, que pontos de embarque e desembarque, o ponto de táxi e o acesso a garagens de prédios que existem no local permanecerão. Também será preciso observar questões como a largura da pista de veículos para permitir, por exemplo, a passagem de caminhão de bombeiros. A carga e descarga feita por caminhões e a coleta de lixo deve ficar restrita ao período da noite, quando o movimento é reduzido.

TESTE 

A mudança pode ser duradoura ou não, e como não envolve obras, será possível reverter a qualquer momento: 

- A parte inteligente do projeto é que ele é efêmero e poderá ser desfeito a qualquer momento se a população não se adaptar, por exemplo, e tudo poderá voltar a ser rua novamente. E se um dia tiver os recursos para fazer o projeto como foi pensado lá em 2012, com nivelamento da calçada, por exemplo, ele terá servido para ver se houve erros e como corrigi-los.